quinta-feira, 17 de maio de 2007

Quentin Tarantino


Para inaugurar o blog vou falar de um dos meus diretores favoritos: Quentin Tarantino.
Esse diretor desperta a relação de amor e ódio entre fãs de cinema.
Eu particularmente adoro a forma com que ele dirige seus filmes. Os diálogos bem encaixados, os pequenos detalhes e o modo como ele retrata a violência em seus filmes.
Em relação aos diálogos, como ele mesmo disse, ele apenas escreve o que todo mundo fala. Por exemplo, bandidos que vão assaltar um banco não ficam 24 horas planejando o assalto. Eles falam sobre a mulher que saíram na noite anterior, sobre filmes da tv e outras coisas que interessam a eles.
Como em “Pulp Fiction” Jules e Vincent (Samuel L. Jackson e John Travolta, respectivamente) discutem se uma massagem no pé da esposa de Marsellus Wallace (Ving Rhames) é uma coisa tão absurda a ponto de jogar um cara pela janela de uma altura de 4 andares.
Algo interessante também é que no primeiro encontro de Vincent e Mia Wallace (Uma Thurman) esposa de Marsellus a câmera focaliza o “objeto” de discussão de Vincent e Jules, ou seja, os pés de Mia (risos).
O humor negro, as citações a cultura pop são grandes “sacadas” desse diretor.

Agora em relação aos outros filmes nem vou falar de Cães de Aluguel que em minha opinião é junto com Pulp Fiction os melhores. Jackie Brown, apesar de saber que é um filme de difícil assimilação, eu gostei, mas não acho o filme brilhante somente por ser de Quentin Tarantino. Chego a dizer que em horas o filme chega até ser monótono, mas acho o filme bastante inteligente. Eu não sou o tipo “advogado” que mesmo que um filme seja ruim vou defende-lo por se tratar do diretor.
Grande Hotel é legalzinho, o capitulo de Quentin tem a citação a Hitchcock e tal. Pra variar os melhores capítulos são de Quentin e de Robert Rodriguez. È um filme divertido, mas os primeiros capítulos eu não gostei, apesar de Tim Roth estar muito engraçado.
O capitulo de Csi que ele dirigiu, é diferente, vi alguns da série, mas não gostei muito.
Esse perigo a sete palmos, é legal, mas nada de espetacular. Ele colocou seus toques característicos no roteiro, como diálogos e tal que até que ficou bacana.
Agora vamos ao Kill Bill. Como tem gente que odeia esse filme não?
Sei lá, eu não consigo entender o motivo de tanto ódio. Uns dizem que o filme é ruim por não ter idéias próprias. Mas eu acho que a idéia de fazer uma homenagem aos filmes que Quentin sempre gostou não só estimula os fãs a verem esses filmes (meu caso) como também homenageia atores e filmes que de certo modo poderiam cair no ostracismo.
Ele quis fazer um misto de tudo o que ele gosta como artes marciais, westerns, e filmes de diretores cultuados como Brian de Palma e afins.
Eu considero um grande filme com uma cultura diversa onde ele homenageia vários pontos importantes, e que mesmo assim se torna um grande filme independente das homenagens.
E agora que venha o “Grind House” que é a obra em conjunto com Robert Rodriguez, mas pelo que parece, vai ser dividido no Brasil.
Vou me despedindo, pois já falei demais, mas tenham certeza que eu teria muito mais a falar pois falar de Quentin Tarantino e seus filmes é sempre muito prazeroso principalmente discutindo com amigos.

3 comentários:

Vlademir lazo Corrêa disse...

Tarantino trouxe novos ares ao cinema americano no inicio da década de 90, quando o marasmo reinava em Hollywood.Por isso ele já tem um lugar de destaque na história do cinema americano, goste-se ou não de seus filmes.

Roberto Souza disse...

Dentro do padrão hollywoodiano vigente, Quentin Tarantino trouxe um estilo independente, beirando o underground em certos momnetos, ao modo de fazer cinema tradicional. A capacidade de criar releituras a partir de outras fontes é seu ponto forte, através de referências e citações. Existe algo de neo-realista na sua abordagem, muitas vezes temperada com valores da nouvelle-vague. Dessa salada de estilos, onde se junta o cinema oriental de ação, emergem épicos urbanos de extrema violência numa plasticidade caprichada. Mais do que uma marca, está se tornando uma fórmula, sendo urgente a necessidade de uma reciclagem, para que o Quarteirão Com Queijo não perca de vez o sabor, revelando uma mesmice.

Átila Goyaz disse...

realmente um dos melhores diretores comtempraneos..eu particularmente adoro kill bill e cães de aluguel.